Documento deve ser concluído em novembro. Grupo é coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente
O comandante-geral da corporação, coronel Hamilton Santos Esteves Junior, e o secretário do Meio Ambiente, André Lima. Foto: Gabriel Jabur.
Com foco na prevenção de incêndios florestais no próximo ano, o governo de Brasília iniciou com antecedência os debates para elaborar o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal. O documento é previsto em lei e articulado anualmente sob a coordenação da Secretaria do Meio Ambiente. Neste ano, 17 órgãos locais e federais participam do planejamento.
Nesta terça-feira (25), servidores envolvidos no tema finalizaram a discussão em oficina na Escola de Governo do DF. Agora, o plano será consolidado, e a estimativa é concluí-lo em novembro. “Antecipamos para que as ações de prevenção não coincidam com o período da seca nem com as ações de combate”, destacou a coordenadora do grupo e assessora da Unidade Estratégica de Biodiversidade e Cerrado, da Secretaria do Meio Ambiente, Carolina Schubart. O plano de 2016 foi apresentado em março.
Entre as medidas propostas para 2017 estão a antecipação de campanhas, a criação de uma legislação local para responsabilização sobre incêndios florestais e a concentração de ações educativas, além do reforço de policiamento nas áreas mais críticas. “Neste ano, estamos avaliando e planejando com mais de seis meses de antecedência da próxima temporada de seca. Penso que, desta forma, podemos melhor muito nosso desempenho”, disse o secretário do Meio Ambiente, André Lima.
De janeiro a setembro de 2016, o Corpo de Bombeiros registrou 6.524 ocorrências de incêndios florestais em Brasília. Isso resultou, no mesmo período, em 16.271,41 hectares de área queimada.
“Contamos com o engajamento da população nesse processo; 99% das causas de incêndio estão na ação humana”Hamilton Santos Esteves Junior, comandante-geral do Corpo de Bombeiros
O comandante-geral da corporação, coronel Hamilton Santos Esteves Junior, destaca que o trabalho de conscientização é uma das principais frentes. “Contamos com o engajamento da população nesse processo, para que se entenda que não pode fazer queimadas sem controle ou orientação; 99% das causas de incêndio estão na ação humana”, explicou. Ele acrescentou que o Plano Verde Vivo deste ano — específico da corporação e elaborado após o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do DF para que os dois estejam alinhados — teve campanhas educativas, orientação a chacareiros e oficinas sobre construção de abafadores, instrumentos usados no combate a incêndios.
Neste ano, os órgãos envolvidos no plano também fizeram mutirões de prevenção, distribuíram folders informativos, promoveram palestras sobre o tema e contrataram brigadistas.
O que é o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do DF
Criado por decreto em 1996, o Plano de Ação de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF foi reformulado pelo Decreto nº 37.549, de 15 de agosto de 2016, que criou ainda o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais.
O plano é voltado para a promoção, a prevenção, o apoio e a coordenação de atividades educativas, informativas, de saúde e de combate a incêndios florestais. Entre os objetivos estão proteger unidades de conservação no Distrito Federal e áreas de proteção de mananciais, prevenir incidentes e fiscalizar queimadas.
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